Abolição, Escravidão...

15/06/2010 15:10

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  Africanismo... Um Grito de Liberdade

 
A busca do negro na África, 
para na colônia do Brasil trabalhar, 
foi para o seu ser, a amarga escravatura, 
com a nostalgia do banzo a lhe matar. 
  
De sua Pátria, arrancado 
e separado da família, 
como triste deportado, 
viajava noites e dias. 
  
No triste navio negreiro, 
no porão, alguém sempre morria 
e aquele que sobrava era comprado 
por fazendeiro à revelia... 
  
que não lhe dava o direito 
de escolher o que fazer, 
pois, esse senhor de engenho 
o explorava até morrer. 
  
Mas foram os abolicionistas: 
os literatos e pessoas do povo, 
que eram contra os abusos 
e já pensavam no Brasil novo... 
  
e um símbolo da resistência 
aos vinte anos de idade,  
o negro, Zumbi dos Palmares, 
que lutaram em favor da igualdade... 
  
ao fazerem que o Império, 
assinasse a liberdade e 
pusesse um fim na tirania 
da desumana crueldade. 
  
Sem formação escolar 
e indefinida profissão, 
saiu o negro a caminhar... 
Sem o jugo de um barão. 
   
Foram mais de 200 anos 
de um sórdida escravidão, 
mas, na raça, crença e cultura, 
ainda hoje se vê a segregação. 
  
Caminhe meu povo, marcado 
pela luta contra o estigma serviçal, 
pois, até hoje ainda lhes negam... 
Cidadania e ascensão social. 
  
Um grito de liberdade! 
Abaixo essa incômoda situação. 
Mais africanismo em nossa história... 
Consolidando de vez a abolição. 
jozeddonato – 15/06/08 - 22h

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Vale do Ciclo do Café. 

Um passeio pelo Vale 

revitaliza a memória... 
Senzala, fazenda e café, 
estão no passado da história.
 
É o café planta oriunda
da região da Etiópia, mas, 
no Brasil, cresceu no Vale
com identidade própria...
 
e fez o braços escravizados
enriquecerem os barões 
desta terra abençoada,
com as grandes plantações.
 
Foram imensos cafezais
na paisagem sertaneja. 
O negro escravizado... 
Bendito seja!
 
Rufam os tambores do Vale,
repica o sino da igreja. 
O negro escravizado... 
Bendito seja!
 
Nem calos, nem asperezas
das fortes mãos de um povo,
impediram a presteza
para a arte do Brasil novo.
 
Ruas de enormes pedras,
casas, solares e igrejas.
O negro escravizado...
Bendito seja!
 
Geme a corda da viola
no congado, ora, veja!
O negro escravizado... 
Bendito seja!
 
Nesta Terra o escravo,
além do sofrimento e  labor,
foi da arte brasileira
um grande incentivador.
 
Luz eterna para o negro
do tempo da escravatura
que defendeu sem ter medo...
A liberdade que perdura. 
jozeddonato – 14/06/08 - 20h

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Cicatrizes de um Tempo. 
 
Cicatriz de um tempo 
da corrente e do chicote, 
da barbárie aos inocentes 
que sofreram até a morte... 
  
mostrava o escravo como coisa 
que se comprava ou vendia, 
e nele, a imaginação humana 
testava tudo que podia. 
  
Criaram o vira-mundo, 
algemas, gargalheira, 
açoite, palmatória, 
libambo e a focinheira. 
  
Anjinho, galilha, 
tronco chinês, cadeira, 
a letra de fogo pro corpo... 
A marca pra vida inteira. 
  
A vida amarga no tronco, 
na completa escravidão, 
demonstrava a crueldade 
de um ser sem compaixão... 
  
que prendia e torturava 
uma raça sem razão, 
até o raiar da liberdade 
pelos campos e porão. 
  
A decisão da Igreja,
de um pedido de perdão, 
muito ajudou essas almas 
em completa aflição... 
  
revertendo-lhes a tristeza 
de um longo padecer,
em brilho de alegria
 no muito que percorrer.. 
  
pela estrada da vida 
em que ficou a cicatriz, 
bem situado no tempo... 
Com a sua profunda raiz.  
 jozeddonato – 13/06/08 - 20h  

 

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Incessante Rufar dos Tambores
 
Clareia luzidias estrelas... 
Batuca Tambor de Crioula, 
Rufa Tambor de Mina,  
na afro-dança brasileira, 
o tambor era a bandeira
de quem não tinha outra sina... 
 
além do trabalho cativeiro 
na usina de bueiro, 
uma tradição hoje em ruína... 
No engenho, no celeiro ou 
no alento o tempo inteiro 
lidando com a cana fina.... 
 
Batuca Tambor de Crioula, 
Rufa Tambor de Mina. 
  
Por onde anda o companheiro 
que ao ritmo de cantos e festas, 
longe do berço em que nasceu 
era um anjo, orixá ou rebeldia, 
perpetuando a cultura que um dia 
em sua Terra natal aprendeu... 
  
ou a obstinada caixeira 
que misturava dança e fé 
e deste lado do oceano 
rodava a saia colorida... 
Raiz forte em nossas vidas, 
herança do negro africano... 
  
Batuca Tambor de Crioula, 
Rufa Tambor de Mina.
 
Oficina de percussão para 
além desses nossos dias.     
Um encanto de magia       
do tempo da escravidão  
que até hoje ainda acontece, 
mas, quase ninguém reconhece...
 
como cultura-afro de um povo 
que fez surgir muita luz
na arte do Brasil novo. 
Um estudo detalhado merece 
e a negritude, muito agradece! 
Clareia luzidias estrelas...
 
Batuca Tambor de Crioula, 
Rufa Tambor de Mina...   
jozeddonato - 03/06/07 – 1h 12 min.

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Um Blues na Noite.
 
Um canto ecoa no 
meio da doce noite, 
canção sensual que 
não atroa pelos os ares. 
Vigoroso, suave e... 
  
alegre blues dançante, 
buscando as estrelas e 
os astros por instantes. 
Era a pura magia que 
 embalava os lugares... 
  
de agitações nas 
intermináveis jornadas, 
dos negros americanos 
no plantio do algodão. 
Livres escravos sob... 
  
o embalo de um canção 
da cultura africana 
espantando um pranto. 
Sugestões de protestos 
contra a escravidão... 
  
a canção de trabalho 
era o grande remédio 
para a realidade de 
um amor não empírico. 
Nas raízes do Delta... 
  
escravos libertados, 
as suas odes e gritos 
não eram sufocados, 
com esse meio de 
exercerem um... 
  
estado de espírito.   
Um blues na noite 
antes que apague 
os astros girantes 
num universo sem o tédio.
 
O luar, as estrelas 
bailarinas cintilantes 
e uma canção para os 
negros americanos, eram o remédio... 
 
Um Blues na Noite, 
buscando as estrelas
e os astros por instantes. 
Antes que apaguem os astros gigantes...  
 
Um Blues na Noite. 
jozeddonato - 9/05/07 – 0h 53 min.

 

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Nossa Liberdade.
 
Abra a sua porta,
abra a sua janela...
E deixa-nos direito,
o mundo enxergar...
 
pois, não queremos só falar
aqui, de mazelas.
Também queremos destacar,
a saga tão forte e bela...
 
de uma raça tão boa
que no rastro da etnia,
revela uma América crioula,
com amor e muita alegria...
 
livre e sem sequelas,
que no futuro o
mundo reconhecerá.
  - Nação brasileira -
 
Liberdade...  
Nossas asas estão
 firmes e abertas,
mas, na falta de um céu...
 É impossível voar.
 
Falta-nos o céu
do estudo e do emprego
num país livre em que
não é nenhum segredo...  
 
a história do negro,
que continua a lutar.
Luta-se pelo o livre
banco de uma escola.
 
Luta-se pelo emprego
para de vida melhorar.
Sei que lutar faz parte 
de nossas vidas...  
 
mas, essa Pátria querida,
bem que poderia colaborar,
pois, o dono desta Terra..
era  somente o índio...
 
que também sofre,
quase sem poder falar.
Até hoje lutamos para provar
que a igualdade racial, é lei...
 
e todos devem respeitar.
É muito estranho quando...
falamos desse jeito, mas,
 é que escondido no peito...
 
dos que ainda não sabem
que o espírito não tem cor,
está vivo o  preconceito...
Matando  de vez o amor.
jozeddonato -  01/06/08 – 15h23min. 

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Vinte de Novembro... 120 anos de Abolição. 
 
Centésimo vigésimo ano 
depois de uma assinatura 
que para sempre cessava 
a mais sórdida ditadura...
   
mas, essa grande promessa 
de uma total igualdade, 
fora erguida em alicerce 
da mais ampla fragilidade... 
  
pois, havia mais igualdade 
na coragem de Zumbi, 
se comparado ao gesto 
do Império ao assumir...
  
em pleno13 de maio 
o final da escravidão. 
Isso, já fazia os negros, 
na luta contra o sórdido patrão. 
  
A pena usada pelo o Império, 
só libertara os negros derradeiros, 
das garras famigeradas 
dos abutres fazendeiros...  
 
esqueceram-se do porvir 
e ignoraram o destino de 
um povo tão sofrido, que 
ao deus-dará foi seguindo... 
  
pela opressão secular que 
o mesmo império fixou, ao 
povo de um Continente, que 
a escravidão sequestrou... 
  
de seu doce berço natural. 
A história foi mais entristecida 
com os documentos queimados, 
uma grande memória perdida... 
  
de um povo sempre explorado, 
um valioso trabalhador braçal, 
que deveria ter sido indenizado 
por um astuto governo Imperial... 
  
que a mão de obra na Europa 
buscou, após o fim da triste escravidão. 
E os ex-escravos e afro-brasileiros 
sofreram com a grande humilhação... 
  
vivendo sem teto e sem terra, 
com o desemprego e sem razão. 
Uma vida tão marginalizada 
sem direitos à indenização. 
  
A luta ainda hoje é desigual, 
como fora no tempo da escravidão. 
Hoje, a sociedade dominante, 
ver o negro como um livre cidadão... 
  
mas, lhe nega o direito à igualdade, 
que por ela, lutou com consciência, 
o saudoso Zumbi dos Palmares. 
Um grande símbolo da resistência...
 
De nossas lutas seculares.  
jozeddonato 18/07/08 – 12h
Vinte e Novembro 
Dia da Consciência Negra.
Uma homenagem a Zumbi... Valeu!!! 

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