O Carro de Boi.

21/08/2012 23:59

 

Back do poema – Foto – Arquivo de João Erasmos – Sítio de Dois Córregos – SP
 
O  Carro de Boi.
 
 
Lá vem o carro de boi, 
marcando o chão da picada.
Lá vem também o carreiro
gritando com a boiada.
 
Na frente o candeeiro
puxa o penacho na guia,
afasta o faroleiro
e cuida do rebeldia.
 
No coração do sertão
pisava firme a boiada
puxando o que já se foi...
Com a poeira da estrada.
 
O velho carro de boi
passava pelas fazendas,
pontes sobre igarapés
e só parava na venda…
 
do velho Inhô Mané
e dali seguia a cantar
um lamento de baixão
que se propagava no ar.
 
Pelos caminhos do sertão 
a boiada concentrada,
levava a mercadoria
e seguia enfeitiçada...
 
obedecendo o seu guia
de oficio e obrigação,
seguia sempre a boiada,
pelo campo ou boqueirão.
 
Pela vila  ou povoado
o benfeitor da cantoria,
era o carro de boi
com a doce melodia.
 
Saiba que o carro de boi,
ao cantar o seu lamento,
transportava o progresso...
Pras vidas daquele tempo
Jozeddonato – 16/08/08- 2h38min.

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Uma Simples homenagem ao nosso primeiro meio de transporte pesado: O carro de boi.
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