Vale do Ciclo do Café.
13/10/2011 21:02
Back do poema – RivkahCohen - poeta e art designer - www.rivkah.com.br
Vale do Ciclo do Café.
Um passeio pelo Vale
revitaliza a memória...
Senzala, fazenda e café,
estão no passado da história.
É o café planta oriunda
da região da Etiópia, mas,
no Brasil, cresceu no Vale
com identidade própria...
e fez o braços escravizados
enriquecerem os barões
desta terra abençoada,
com as grandes plantações.
Foram imensos cafezais
na paisagem sertaneja.
O negro escravizado...
Bendito seja!
Rufam os tambores do Vale,
repica o sino da igreja.
O negro escravizado...
Bendito seja!
Nem calos, nem asperezas
das fortes mãos de um povo,
impediram a presteza
para a arte do Brasil novo.
Ruas de enormes pedras,
casas, solares e igrejas.
O negro escravizado...
Bendito seja!
Geme a corda da viola
no congado, ora, veja!
O negro escravizado...
Bendito seja!
Nesta Terra o escravo,
além do sofrimento e labor,
foi da arte brasileira
um grande incentivador.
Luz eterna para o negro
do tempo da escravatura
que defendeu sem ter medo...
A liberdade que perdura.
jozeddonato – 14/06/08 - 20h
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